quarta-feira

UMA CAIXA DE AMOR

          UMA CAIXA DE AMOR

          Há algum tempo,  eu havia perdido minha avó, e com ela se foram todas as histórias que me encantavam.
          Um dia à tarde, enquanto a chuva batia na janela, estava à toa deitado na cama, quando decidi que faria uma faxina. Resolvi, então, que começaria pelo sótão, pois lá estava tudo uma bagunça e havia caixas por todos os lados.
          Minha mãe, observando minha movimentação, chamou-me na cozinha. Logo, atendi seu chamado e desci:
          - O que você está fazendo lá em cima? - ela indagou.
          - Resolvi fazer uma faxina e me livrar das coisas velhas. - respondi.
          - Tudo bem, mas tome cuidado, pois algumas das coisas de sua avó foram guardadas lá! - ela advertiu.
          Então, voltei para o sótão. Enquanto remexia em algumas caixas minhas, encontrei uma que me prendeu a atenção. Não era uma caixa muito grande, mas algo a tornava diferente. Por um instante, recuei, mas foi apenas por um segundo, pois quando a abri, foi uma descoberta. Era uma caixa de minha avó, que continha inúmeras cartas.
          Comecei a ler. Elas eram tão belas e de uma caligrafia impecável! Logo, reconheci: eram de meu avô.
          A cada uma que lia, a emoção me dominava mais e mais. Algumas delas, vovó tinha me falado a respeito. Ela dizia que seu pai não a deixava namorar, mas vovô a amava demais e dava um jeito de sempre mandar-lhe essas cartas escondidas.
          Dentre elas, a que mais me emocionou foi a que vovô disse que vovó era a primeira e única mulher que ele teria. De tão bela, chamei minha mãe para ler, e juntas, passamos uma tarde maravilhosa, pois vimos quão belo foi o amor de meus avós.
(Thaís Zanluqui - 2A)

domingo

PRODUÇÕES!!!

A GRANDE EVOLUÇÃO


          Certo dia, em uma comemoração de família, um jovem muito curioso decidiu perguntar para seu avô algo que já estava lhe perturbando a mente por algum tempo:
          - Vô, se antigamente não tinha internet, celular e nem telefone, como vocês conseguiam se comunicar?
          O avô, muito surpreso e entusiasmado com a pergunta, respondeu:
          - Ah, meu neto, essa é uma pergunta que vem se tornando cada vez mais frequente! Sabe, na minha época, quando queríamos conversar com alguém, era só mandar uma carta, escrita à mão, é claro. Dava muito trabalho, mas era o único meio. E, naquela época, nem imaginávamos o conforto e praticidade da internet e do sedex, porque as cartas demoravam para chegar.
          O neto pensou e pensou, analisou a situação e falou:
          - Nossa, mas se quisesse apenas dar um "oi"? Tinha que escrever em uma carta e ainda esperar dias e dias para chegar?
          O bondoso avô achou graça e disse ao neto:
          - Sim, viu como as coisas mudaram? Você nasceu em uma época privilegiada pela tecnologial. Hoje, já se tem tantos meios rápidos e eficazes de comunicação que eu fico perdido. Infelizmente, muita coisa é novidade para mim e eu não consigo acompanhar tanta tecnologia!
          Muito indignado com o passado dos meios de comunicação, o neto respondeu:
          - Sim, vô. Realmente, só agora estou me dando conta de como sou sortudo! Agora, além da internet, tem os telefones e os celulares com os quais podemos nos comunicar de qualquer lugar. Mas, vô, não se preocupe, eu irei e ajudar com toda essa tecnologia. Vamos lá. Vamos começar usando as mais novas redes sociais.
         O vô, muito orgulhoso de seu neto, aceitou o convite sem pensar duas vezes e se aventurou no mundo cheio de novidades...
(texto produzido por Beatriz - 2B)


ERA DIGITAL

          Em um certo dia, na família Nogueira, havia uma adolescente chamada Cíntia. Essa menina tinha como lição preparar uma grande redação para sua professora de Português.
          Cíntia estava hora e horas preparando sua redação, mas algo interrompeu seus estudos: um grande apagão.
          Cíntia saiu do quarto, desesperada, tentando pensar como iria prepará-la, até que sua mãe, a senhora Fátima, avisou que no sótão havia uma máquina de escrever.
          Cíntia falou:
          - Mas, que "bicho" é esse?
          E sua mãe disse:
          - Não é nenhum "bicho". É uma máquina que foi muito desejada no século passado.
          - Mãe, eu preciso fazer meu trabalho para amanhã e não para o próximo século. Mas, enfim, só vou usar porque preciso recomeçar minha redação.
          Fátima pegou a máquina de escrever, colocou-a no quarto de sua filha e em volta algumas velas para que ela enxergasse. A menina ficou apaixonada pela máquina e até pensou em substituí-la pelo seu computador. Por fim,  ficou orgulhosa pela redação que tivera feito. Logo em seguida, chamou sua mãe:
          - Mãe, onde está o botão de impressão?
          - É só puxar o papel!
          - Que papel?
          - Você não colocou o papel?
          Cíntia começou a chorar e, quando a luz voltou, correu para seu quarto, onde estava o computador.
           Dona Fátima ficou parada vendo a reação de sua filha e pensou: "quantas mudanças a era digital trouxe para nossas vidas..."
(texto produzido por Alessandro Baraldi - 2B)